Heranças

14.6.02


Da família do meu pai eu herdei minha aparência: o diastema (sabe, os dentinhos da frente são separados, que nem os da Madonna. Mas ela não é da família!), o cabelo liiiiso, os ossos das mãos e dos pés bem aparentes, o nariz de batatinha, os olhos azuis da vó Lurdinha.
Tenho a teimosia do meu pai, que é igualzinha à do vô Onofre.
A maior das heranças??? Uma pintinha no dedo mínimo da mão esquerda. Meu pai tem uma pintinha igual no dedo anelar, e o vô Onofre tem a mesma pintinha no dedo médio. A minha está bem fraca... e se a herança persistir meu neto terá sete dedos - cruzes!!!!
Da família da minha mãe eu herdei muitas coisas, menos o sobrenome lindo, Gimenez. Sou só Ribeiro, ó pá.
Sou espanholita com portuguesa, por isso sou nersosa e teimosa que nem uma porta!
Da minha mãe herdei a inquietude, e um jeitinho de brincar com as coisas. A simpatia e o carisma vieram dela também, o principalmente, meu jeito com crianças.
Do pai, a mania de ter uma agenda. Virtual ou de papel, sempre é bom anotar tudo prá não se perder pela vida.

Tati


De mãe, a facilidade pra representação e pra cair de bicicleta, a risadona espalhada, o gosto pelas letras, a postura da voz, o não-ter cabelos brancos, a curiosidade negativa e a rebeldia.

De pai, o jeito de dirigir e o amar isso, a "gentofobia", o espírito Prof. Pardal, o cabelo de cachos, as unhas sempre curtas, o orgulho, o adorar ficar em casa, o gosto pelo trabalho, a pose de segurança, a cara brava, a maternidade (estranho, não?), a curiosidade positiva, o karma das separações entre irmãos, a mania de bater a porta e a preguiça de arrumar a cama.

De ambos, a estatura pititinha, a sensibilidade excessiva, o perfeccionismo, a desconfiança, o carisma, a incapacidade de administração de conflitos (e por isso a fuga a eles), a criatividade, e o jeito de amar. Me apresentaram ao Bicho-papão do Medo de um monte de coisas, que tá dando o mó trabalho pra ficar livre dele.

De vó Inêz (a índia) a morenidade-jambo, o coração mole, os olhos redondos, bem pretos e puxadinhos, o (pouco) conhecimento das ervas, e uma pena eu não ter herdado o cabelo.

De vó Filinha a mania de falar palavrão, o egoísmo, a futrica e (pelo menos isso!) o dom da "Cozinha Maravilhosa da Filinha".

Tudo isso, bem ou mal costurado pela vida. Não sou uma, mas várias.

Vai lem casa, dia desses. :o)


Herdei de minha vó materna
     esses olhos que parecem tristes, caídos sobre si mesmo em profundo pensamento.

Herdei de minha vó paterna
     essa teimosia, o espírito de luta (mas ela devia ter me deixado mais... ) e esse jeito meio duro de dizer que te amo.

Herdei de meu pai
     minha cara, a espessura de meus cabelos, essa esperança renitente, essa mania de me doar de graça, essa timidez enraizada, o jeito de brigar com ela (a timidez) todos os dias, como quem acorda para matar um leão, o gosto musical, a laconicidade, o explodir (aparentemente) repentino, a infeliz idéia de que o outro devia saber o que eu estou pensando e essa mania de cuidar do outro como se eu fosse pai mãe do mundo.

Herdei de minha mãe
     meu corpo, meus cabelos, a preocupação, essa melancolia congênita, a mania de fazer drama, o estar sempre disponível, o cuidar até a morte, a sensibilidade, o gosto por música e arte, o (pouco, ela podia ter me dado mais...) talento para trabalhos artísticos manuais, a prolixidade, o perfeccionismo, o desejo de recomeçar, a necessidade de olhar e ser olhada nos olhos quando falo com alguém, a preocupação exagerada com o que o "outro" vai pensar, o amor aos livros, o amor à vida.

Dos dois
     herdei esse senso de responsabilidade, minhas convicções políticas (que alterei um pouco, mas quase nada, no processo), minha ética, minha integridade, a ideia de o dinheiro é pra resolver problemas e é bom na exata medida das nossas necessidades, minha necessidade de aprovação, o remoer de coisas que me adoecem por dentro e eu não digo nada, e minhas noções de família como algo pra toda vida e sempre disponível apesar de quaisquer diferenças e intemperes que possam surgir no caminho.

Ainda dos dois e suas origens
     herdei essa mistura de raças, esse gosto pelo diferente, esse apego à história individual.

Do mundo
     herdei o resto... herdei amigos que me deixaram muitas heranças... o riso frouxo, a mania de fazer piada de tudo, a necessidade de estar próximo, o gosto duvidoso por piadas infames, o gosto por estilos literários, a capaciadade de imaginar e representar (rpg), o gosto por jogos eletrônicos, o gosto por informática, o coleguismo, o quebrar-galhos, a necessidade de partilhar mesmo a menor das alegrias e a certeza de que ninguém é feliz sozinho.

Pros meus filhos deixarei de herança
     uma casa cheia de amigos, a idéia de que ser feliz é preciso, a certeza de gente não se (devia) compra(r) ou vende(r), e o desejo de voar mais alto...

E de tudo um pouco, me fiz síntese e antítese... ;)


Do meu pai herdei:
A lógica no pensar
A responsabilidade
A coragem
A iniciativa
O jeito explosivo
O jeito de dirigir
A mania de comer fora de hora... tantas coisas...

Da minha mãe herdei:
A vaidade
A gentileza
A doçura
A graça
A poesia
A música
Todas as coisas dentro de mim que não querem dizer necessariamente que sou artista, mas que vivo com a arte no coração.

Sou Criss


13.6.02


Pois então...

Da minha mãe herdei a inteligência e o gosto para estudar, a vontade de tocar bateria, as coxas grossas, os seios grandes, a voz e o quelóide. Do meu pai (que eu não conheço) herdei os olhos e as sombrancelhas. Da família dele os muitos pelos no corpo, a facilidade para dormir, a pressão baixa e a cor dos cabelos. Da minha tia herdei os cachos, o formato do rosto e queixo gordinho. Ainda da minha tia herdei o gosto por roupas e acessórios "exagerados". Meu nome também foi ela que escolheu. A boca eu não faço a menor idéia de onde veio...

Da minha avó veio quase tudo: o tipo de sangue, o sobrenome, o gênio difícil, a vocação para o drama, o perfeccionismo, a religião, a facilidade para fazer amizade com as pessoas (da minha mãe também), o dom de cozinhar, o ouvido (quase sempre) a disposição, o medo (de cair, de me machucar, de ficar sozinha, de ficar doente, do futuro), o apego ao passado. Meu lado vingativo também veio dela.

Ainda estou tentando descobrir o que veio (e vêm) de mim mesma... Mas acho que tenho feito um bom trabalho!

Helô


É nóis na fita! Gui falando...

De minha mãe puxei o cabelo que cacheou, a mandíbula, as maçãs do rosto, o queixo, a ossatura, a musculatura, a testa, as canelas, a bunda, o X.
De meu pai puxei o cabelo que ERA liso, os olhos, cílios, sobrancelhas, orelhas, nariz, mãos quadradas, pernas curtas, panturilha, as pintas, o pinto, o Y.

As costas eu aprimorei. A boca, sei lá de quem herdei.

Do pai herdei a teimosia, a voz adulta, o gênio ruim, o lado conserta-tudo, a mania de juntar tralha (uns 10%, avalie), a vocação exatóide. Do avô, o gosto pela ópera.
Dá mãe, a educação, o sorriso cordial, o gosto pela leitura (uns 10% também), a memória, o gosto pela cozinha, o amor aos bichos, o amor às pessoas, a denguice, o abraço, a tara por mordê-la, a habilidade na massagem, a amizade, a sociabilidade, a integridade, a voz infantil (era igualzinha), o ouvido, a vocação musicóide. Da avó, um pai-nosso e uma ave-maria que é tudo o que eu lembro, tadinha.

A tagarelice foi conjunta.

Grana, não herdei de ninguém.

Dos amigos, ganhei amores.

Da vida herdei meus dias, minhas tristezas e minhas alegrias.


Só não sei de quem veio esse gosto por falar demais. Todo o resto eu, Faerie, entrego agora, de bandeja:

Meu pai me deu o porte gigante - de gente que chega e já chama atenção pela cara amarrada e pelo jeito desengonçado - o olhar observador e ao mesmo tempo compreensivo demais, a teimosia sem limites, o pé no chão, o cabelo sem jeito, o amor aos livros e a incapacidade de dizer não a quem quer que seja. Ele também é culpado por esse consumismo que me leva à falência e por essa maldita facilidade de ganhar peso, além do gosto pela comida, ah se é.

De minha mãe, além da cópia perfeita dos traços e dos olhos verdes, tenho a inquietação, os nervos à flor da pele - disfarçados na carinha de anjo - o perfeccionismo exagerado e a ética.

Dos meus avós, fiquei com o exemplo de amizade: tenha colo sempre, saiba ouvir, dê atenção, dê carinho, e perdoe, perdoe, perdoe.

Juntei tudo isso em mim, quebrei a cabeça, aperfeiçoei, aprendi, e disso faço a minha maravilhosa vida do jeito que eu bem entendo, o que leva todos os queridos citados aí em cima à loucura. E acham, pobrezinhos, que não me ensinaram nada. ;-)


Da minha mãe herdei a teimosia, o gosto pela política e causas sociais, o quadril largo e as pernas curtas, alguns ótimos livros.
Do meu pai herdei o ótimo humor, o gosto por esportes(automobilistmo e futebol em particular), a altura e os lábios bem desenhados, a habilidade manual.
Da vida herdei a paixão por livros, o gosto por música e cinema, o inconformismo, o desgosto por torrar ao sol.
Das pessoas que vieram e ficaram herdei a vontade de compartilhar.
Das pessoas que apenas passaram herdei a capacidade de esquecer.
Da minha irmã mais velha herdei meu nome: Clarice.


Aqui fala a Zel, vamos às heranças...

Do meu pai herdei:
- a distração
- o bom humor
- o amor pelos bichos
- o dom de contar histórias
- a boa memória
- a pele clara
- a eterna criancice
- a habilidade na cozinha
- os olhos
- o respeito pelas pessoas e tudo o que vive

Da minha mãe herdei:
- a sensibilidade extrema
- o temperamento explosivo
- a voz bonita
- o gosto pela música
- a naturalidade no sexo
- o prazer pelas coisas boas da vida
- o gosto pela leitura
- a confiança nos meus instintos
- a alegria diária e a melancolia cíclica
- a objetividade
- a bunda :P

Dos amigos e da vida herdei (por enquanto) o amor pelo teatro, pelo cinema e pela música erudita, além de aprimorar minhas outras heranças :)


12.6.02


Dos Picoli herdei o nariz, as sobrancelhas, a bunda, o miolinho do olho, a paixão pela Dietrich, os selos alemães, a loirice e os jeitos de mostrar carinho.
Dos Calvitti herdei as sardas, a altura da voz, o instinto maternal mafioso, a Gigliola Cinquetti, as bruxarias e o gosto por passarinhos.

Espero que um dia alguém herde bastante coisa de mim também.

Alessandra


10.6.02


Herdei do meu pai o bom humor, a desorganização, o jeito de gastar dinheiro descontroladamente em coisas MUITO BOAS. O gosto por peito de frango, e só o peito, nada de coxa, asa, argh. A boca carnuda e o nariz proeminente são iguais aos dele. As gordurinhas espalhadas pelo corpo também herdei dele.

Da minha mãe herdei a implicância com coisas pequenas, muitos traços do rosto e os cabelos crespos, os seios grandes. Herdei também a disposição para estudar, para aprender coisas novas, para recomeçar do zero, para caminhar. E herdei, principalmente, o PÂNICO de lagartixa.

Dos dois juntos herdei os olhos mutantes - verdes, azuis e cinzas - e os cabelos claros. O gosto pela música. O gosto pela leitura. O gosto pela tranquilidade.

Herdei não sei de quem um certo orgulho nato, de ser quem eu sou, mesmo não sabendo direito quem eu sou.

Ligia


herdei do meu pai: um senso ético acima do normal, um nariz descomunal, uns olhos castanhos-que-ficam-verdes-quando-choro. Uma implicância absoluta com qualquer comida que venha do mar (aliás, quem disse que aquilo é comida?). um jeito ranzinza de ser. o gosto pela leitura de coisas inteligentes. a responsabilidade. uma certa intransigência. o flamengo. a inteligência, a perspicácia. muita, muita saudade. uma câmera fotográfica alemã do tempo do onça (igual a essa expressão). o chaveiro com todas as chaves de casa. a wernequisse (precisa ser werneck ou conviver com eles pra saber o que é isso).

herdei da minha mãe: pouco cabelo, boca pequena. alegria, alegria, alegria, jeito de ser eterna criança. romantismo.gostar de dormir. adorar viagens. gostar de cachorro. não gostar muito de cozinha. coisas que por causa dela ganhei da minha saudosa vó (um canapé - o móvel, um aparelho de jantar, uma compoteira de cristal, algumas peças antigas pra combinar com as coisas modernas da minha casa).

herdei do conjunto meu pai + minha mãe: ser baixinha.

herdei não sei de quem: amor absoluto ao teatro.

herdei das forças superiores: capacidade e necessidade contínua de auto-análise. ser emotiva ao extemo.

Fernanda


9.6.02


Herança paterna : gostar de negociar tudo, até a rede de praia, pela metade do preço. O lado explosivo. O gosto por animais. A paixão por carros. Chamar pelo primeiro nome as pessoas que me prestam qualquer serviço. Gostar de brincar, muito, com todo mundo.

Herança materna : honestidade. Aprender a valorizar e manter a integridade do meu nome. Estar perto e longe ao mesmo tempo (perto demais para ser esquecida e longe demais para ser envolvida ). Senso de independência absoluta. Valor pelos estudos. Ser forte e viver a vida da melhor forma possível. Acreditar nos sonhos.

Dos dois : ser baixinha, amar a leitura de qualquer coisa ( de rótulo de lata de leite até jornais e livros de milhares de páginas ), acordar cedo. A chance maravilhosa de estar aqui.

Da vida : ninguém é o que parece. Algumas pessoas são melhores. Jamais teremos tempo suficiente, portanto temos que aproveitar o que nos é dado da melhor forma possível. Confiar desconfiando. Ser flexível e ter paciência ( mas não muita ). Os animais nos ensinam a conhecer "o outro" observando. Emagracer é difícil pra cacete !

Polly - by myself


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