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12:24 da manhã
by eu
Da minha mãe eu herdei:
os olhos pequenos ("de japonês", é o que dizem), os cabelos fartos (a juba), as unhas grossas e fortes (os "cascos de cavalo") e quase tudo o mais, fisicamente. Foi dela que veio a minha mania de ser iconoclasta. Quando ela contava histórias para a gente dormir, esculhambava com a Branca de Neve - na versão dela era a Preta de Carvão, suja e horrorosa, que ninguém queria - e com as outras princesas e morria de rir. A risada exagerada, porém discreta, também veio dela.
Do meu pai eu herdei:
as mãos pequenas, a timidez, a mania de falar pouco (quase nada) mas fazer piadinhas sem graça nos momentos mais inesperados e até nos piores momentos, o gosto pela leitura e muitos livros - ele não quer mais, que bom :)
Dos dois eu herdei:
o horror à ignorância e o amor à liberdade.
Por sorte, não herdei a naniquice. Eles são os meus baixinhos, tão bonitinhos :)
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10:22 da tarde
by eu
::::Como é bom estar aqui:::
Como é bom poder usar este espaço para me expressar mais um pouco.
Como é bom ter um lugal onde vc pode ser livre.
Como é bom ser ouvida!
Como é bom ser herdeira.
como é bom.
A Vida é boa.
Não a vida é ótima.
Vá lá.
Lá tb é bom!
Beijos , adorei a participação.
Lisa Palla
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4:04 da tarde
by eu
Meus diletos pais me deram neurônios que me permitem estar aqui hoje.
Isso já basta e já me causa vários problemas.
Enfim, se vc quer realmente saber o que tem dentro do crânio encefálico onde está a minha massa cinzenta clica aqui que você pode escontrar a estirpe da qual eu vim.
Obrigada, amigo.
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10:37 da tarde
by eu
Tá certo.
Dos meus pais herdei as genéticas. Antes disso, o óvulo e o espermatozóide, que já eram vivos, daí a minha vida. Depois disso, a música, que eu já ouvi desde a concepção, embora ainda não tivesse orelhas. Tá certo que a qualidade é deveras duvidosa, mas herdei: eagles, hotel california. É aí que começa a influência do meio, pra agir com a genética e fazer salada mista. Depois herdei o Chico com João e Maria, herdei Paulinho da Viola e o compasso das meninas, herdei até o Sinatra. Por outro lado, sei de cor uma porrada de música de Roberta Miranda. Minha mãe é uma pessoa estranha.
Do meu pai herdei as bochechas, a mordida cruzada, o coeficiente de inteligência (que não anda assim tão eficiente, porque a gente herda, tá certo, mas precisa desenvolver também). Herdei a vontade de me esconder no quarto quando as visitas chegam às três da manhã dele também, do meu pai. Quem traz as visitas é a mãe, ela. De quem herdei também o choro preso na garganta que faz a gente engolir no meio da palavra e parti-la, sabe como? Herdei dela. O chôro, aliás, é igualzinho ao dela. De ambos herdei a (pouca) altura. E depois dessas coisas, vieram as outras. Mas só (bem) depois.